Cor, cheiro, gosto e afins.

Onde azul não é só a cor do mar, aonde brilho não vem só de estrelas e o calor não provem do fogo do sol amarelo;
O ocre da sua pele não é borrado pelo cinza do ar, nem tão pouco contradiz o “preto” dos seus cabelos;
O vermelho do seu sangue anuncia que mais uma vida ainda não vem, anuncia o término e o início de um novo ciclo, infindo, perpétuo, eterno, sempre....
O doce da sua voz, o calor da sua pele tenra norteia minha existência, exprimem tudo em um só ser; em um só som, em nuvens, chuvas, flores, dons;
És doce e feroz, é mãe e mulher, és ávida e morna, é tudo e nada, é minha vida e minha morte; raiz, terra, pedra, pó;
Semente dourada de doçura, cheiro de doce de tacho, água fresca da fonte, luz de lamparina, tudo tão simples e sofisticado, tão belo e tão rústico, tão nova essa velha história, tão simples explicar o quão complicado é descrever tudo que é você.

Cleber Almeida
07/03/2009

sexta-feira, 6 de março de 2009 às 20:24

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