ESTRADA DAS PEDRAS (II)

ESTRADA DAS PEDRAS (II)


Um forte clamor eclodiu da maior cidade brasileira. Grupos revoltados e muitos condenados pela justiça, proclamaram independência através da violência e das armas.
O alarme apoderou-se de outros Estados com características desalentadoras. Em poucas horas, o País mergulhou em depressão, consciente de sua impotência.
Ocorreu, então, a chacina através das armas. Culpados e inocentes sucumbiram, vítimas do ódio e da vingança.
Famílias não contêm as lágrimas pela perda de entes queridos. A mídia e a comunicação geral clamam por justiça e apelam às autoridades constituídas, implorando proteção e segurança.
E a metrópole brasileira, dominada pelo medo, estaciona inerte, angustiada e quase impotente para refazer as atividades diárias.
Meu Deus, por que tanta desgraça? Por que guerras catastróficas com mortes, estupidamente, praticadas? Por que muitos exterminam irmãos com a própria destruição? Por que o ser humano caminha estradas repletas de bombas destruidoras, planejadas para assassinar?
Onde estamos? Em que confusão nos metemos? Somos forçados a consumir milhões de reais para construir cadeias de segurança máxima para depósito de criminosos.
Somos forçados, também, a sustentar milhares de presos, a manter vigilância permanente e a recuperar a destruição interna das prisões, promovida pelos detentos rebelados.
O custo de manutenção é elevado. E a origem do dinheiro, todos nós a conhecemos. Nesse espetáculo escabroso, infelizmente, surgem idéias, também, escabrosas. A humanização das prisões consiste em repensar, seriamente, a educação. O detento necessita reformular e atualizar seus valores, reparar os danos materias e morais causados à sociedade, etc.
Compete às autoridades implantar um sistema prisional que promova o preso profissional e socialmente. Ele pode e deve produzir bens para sobreviver dignamente na prisão.
Parece que não vislumbramos saídas acessíveis e confiáveis, para alterarmos o foco imposto pelo egoísmo e pela ganância.
Como comprovação inconteste, podemos afirmar que a saída seria a alteração radical do sistema de educação nacional.
O Governo e a sociedade devem propiciar ao encarcerado, a oportunidade de recuperar a formação e a dignidade, que em geral, não teve.
Necessitamos de humanização do Sistema. É difícil alguém conviver, harmoniosamente, e com ética, se viveu seus melhores anos da vida, como um ser desqualificado.
No entanto, a solução do problema permanece obscura. Carecemos, com urgência, de idéias revolucionárias para incentivarmos mudanças “violentas” no sistema educacional. O drama que, diariamente, enfrentamos ou presenciamos, facilitará avanços no campo da violência.
A educação vigente carece dos fundamentos filosóficos e psicológicos para atender às expectativas humanas para a formação de uma convivência harmonizada e pacífica.
Falta-nos a base fundamental e indispensável para uma reforma interna da comunidade: O AMOR. Nessa carência, incluímos: respeito, compaixão, misericórdia, tolerância, empatia, formação de famílias bem estruturadas, acolhimento, valores transcendentes, etc.
A atuação do educador, exclusivamente, empenhado no campo dos paradigmas externos, como fator educacional preponderante, promoverá desarmonia e conduzirá à evolução e à propagação da violência.
Convém lembrar a existência da Geração X e da Geração Y. Se a Geração
X persistir intransigente e radicalista na educação impositiva, como única fórmula capaz de salvar o mundo, a crise avassaladora e destruidora assumirá proporções incontroláveis.
Geração X encante os desencantados da Geração Y, para que o encanto pulverize os desencantos, que desencantam a humanização dos humanos desencantados


Antônio Luiz Bianchessi
Filósofo, educador, escritor e consultor.
anlubianchessi@.com.br

sábado, 15 de novembro de 2008 às 05:54 , 0 Comments

Canta

Canta leve, canta breve, mesmo que breve leve encanta a quem canta
Palavras se vão meio à acordes soltos em cinco linhas pautadas
Pausas, tempos, onde o metrônomo é o coração
Seguindo o seu compasso no timbre do tambor ou no tilintar do triângulo
Seguindo seu caminho fuso, semifuso, são ou confuso
Entoando sonhos em melodias
Iluminando olhos empoçados de emoção
Solta a voz, abre a garganta, espalha o sublime prazer de ouvir-te
Encantados versos encantam a quem você canta.

Cleber Almeida
21/01/2008

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008 às 14:49 , 0 Comments

Laboratório de canto. Capela de Negro Gato

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008 às 18:27 , 0 Comments

Cleber canta - Pétala - Djavan

às 08:10 , 0 Comments